Maori, é como são chamados os originais habitantes indígenas da Nova Zelândia, chamada por eles como Aotearoa ou “A terra das longas nuvens brancas”.
Segundo Abel Tasman, navegador, explorador e comerciante neerlandês, o maori tem apenas lendas e tradições orais para explicar a sua presença na Nova Zelândia por seus costumes, como MOKO. A tradição nativa conta que seus primeiros colonos usavam para marcar os seus rostos para a batalha com carvão vegetal, e que assim foram feitas as primeiras tatuagens. Todos os homens, sendo eles guerreiros ou de elevada posição social, eram obrigatoriamente tatuados no rosto e também em outras partes do corpo. Exceto os escravos e a população nativa em geral.
O termo “tatuagem” não é conhecido na Nova Zelândia. O nome dado às “marcas decorativas” é MOKO.
As primeiras navegações e histórias sobre a Nova Zelândia e seus costumes são de crétido e Abel Tasman(1642) eCapitão Cook, sendo este último o responsável pela mais detalhada descrição do moko. Ainda segundo Capitão Cook, em sua viagem, observou que cada tribo parecia ter um costume diferente em relação à tatuagem. Seus corpos e rostos eram marcados com manchas pretas, chamadas “Amoco” – largos espirais em cada nádega. As coxas de muitos eram quase inteiramente pretas, o rosto dos homens mais velhos quase totalmente cobertos.
Os espirais desenhados minuciosamente são simétricos, sendo um lado correspondendo ao outro. Porém, estas marcas variam muito em diferentes partes da costa e ilhas.
Para John Lubbock, banqueiro vitoriano inglês e visionário, se tratando de tatuagem polinésia, para ele a mais bonita de todos foi a dos neozelandeses, por serem tatuados em linhas espirais.
Para John Lubbock, banqueiro vitoriano inglês e visionário, se tratando de tatuagem polinésia, para ele a mais bonita de todos foi a dos neozelandeses, por serem tatuados em linhas espirais.
O processo é extremamente doloroso, principalmente nos lábios. Uma vez tendo alguém se encolhido a partir dele ou mesmo mostrado quaisquer sinais de sofrimento ao se submeter ao mesmo é considerado pouco viril. Era uma questão de honra e orgulho aos guerreiros.
Maori é muito mais do que uma tatuagem para o novo Neozeolandês. É utilizada como comunicação, uma espécie de hieróglifo.
Os instrumentos usados pelos Maoris para a execução de mokos eram pedaços de ossos humanos, cascas de tartaruga, ou metal, mergulhados em pigmento e, em seguida, batido com um pequeno bastão.
Para que se obtesse cicatrizes e sulcos, os quais identificam a moko, era necessário que o instrumento penetrasse profundamente no tecido muscular, e os cortes eram tão profundos que, por vezes, perfuravam e atravessavam a bochecha. Quando eles entravam em guerra, cortavam a cabeça do inimigo e colocavam-na em urnas sagradas. No século 19, as cabeças tatuadas dos guerreiros maoris se tornaram objetos cobiçados por colecionadores europeus. Começou, então, o tráfico dessas cabeças; os próprios maoris passaram a troca-las por armas de fogo.
A prática do moko em escravos servia apenas para aumentar o número de cabeças tatuadas com o objetivo da troca por armas de fogo.
Os tatuadores especialistas em Tā Moko são chamados de Tohunga Tā moko. Mesmo atualmente, as tatuagens ainda demonstram autoridade e respeito para quem sabe seus significados.
Uma mulher que possui o queixo tatuado pode significar que é casada ou possui um grande respeito dentro de um determinado grupo.
Já no caso dos homens, podemos ver isso no governo do país, que é dividido entre Kiwis e Maoris. Muitos Maoris que possuem altos cargos no governo têm grande parte do rosto tatuada, quando não todo ele . Já os de cargos mais baixos possuem menos experiência, logo menos tatuagens.
Fotos de Tatuagens Maori
Por: Fonte: ”Maori Tattooing (H. G. Robley)”.
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