segunda-feira, 11 de março de 2013

HISTÓRIA DA TATUAGEM EM MUSEU DE LOS ANGELES


História da tatuagem em Museu de Los Angeles
O museu Craft and Folk Art (CAFAM), localizado em Wilshire, a leste de Beverly Hills e ao sul de Hollywood, em Los Angeles, promove exposições destinadas à arte popular e ao artesanato. De setembro de 2012 a Janeiro de 2013, exibe a LA Skin & Ink, que, segundo a curadoria do museu, explora o papel da tatuagem de Los Angeles no que chamam de “Renascença da tatuagem” nos últimos 60 anos.
De acordo com Sasha Ali, responsável pela mostra, “Los Angeles foi fundamental para o desenvolvimento da tatuagem entre as décadas de 1950 e 1980, considerado o período de renascimento nos Estados Unidos e, por contágio, em outras partes do mundo ocidental”. A exibição vai desde a base tradicional da tatuagem, restrita aos militares e “foras da lei” até sua transformação em uma forma de arte distinta, adotada pela cultura contemporânea.
História da tatuagem em Museu de Los Angeles
Por meio de desenhos, flashes (as folhas com séries de desenhos para comercialização), fotografias e equipamentos diversos (como as primeiras “máquinas” de tatuagem feitas nas prisões, usando cordas de violão como agulhas), a exposição busca ressaltar o importante papel de Los Angeles, abrigando artistas lendários, ao estabelecer uma relação estreita entre tatuagem e Belas Artes. Isso se deu pela localização da Cidade dos Anjos, na orla do Oceano Pacífico, com acesso para outros grandes portos, como o asiático – Don Ed Hardy, por exemplo, foi o primeiro tatuador a viajar para o Japão a fim de aprender a técnica japonesa tradicional.
História da tatuagem em Museu de Los Angeles
A introdução da estética japonesa em desenhos para o público norte-americano, por Hardy, é considerada uma das mais importantes inovações na tatuagem da segunda metade do século XX. Posteriormente, Leo Zulueta, aprendiz filipino-americano de Hardy, foi responsável pelo desenvolvimento do estilo tribal, encorajado por Ed Hardy a estudar os desenhos nas peles indígenas de Borneo e do Pacífico Sul.
Outro estilo nascido nas ruas de Los Angeles é o black and grey (“preto e cinza”), com traços finos, que lembravam as tatuagens feitas dentro das prisões e que identifica, até os dias de hoje, os “chicanos”. Surgido nos anos 1970, evoluiu a ponto de tornar possível o realismo na pele, com o objetivo de reproduzir fotografias com fidelidade. Seus precursores foram Jack Rudy e Freddy Negrete.
História da tatuagem em Museu de Los Angeles
Além dos nomes mencionados anteriormente, estão expostos ainda trabalhos de Bert Grimm, Bob Shaw, Cliff Raven, Jill Jordan, Charlie Cartwright, Estevan Oriol, Mr. Cartoon, Edgar Hoill, Lucky Bastard, Zulu, Carlos Torres, Sergio Sanchez, Shawn Barber, Camila Rocha, Sean Cheetham, entre outros mais.
No evento de abertura da mostra, em vez dos ingressos (cujo preço varia de cinco a sete dólares), para entrar, era necessário apenas mostrar sua tatuagem! No encerramento, dia 06 de janeiro, houve ainda uma sessão de leitura de poesias, chamada “Poetry Like a Tattoo” (“Poesia como uma tatuagem”).
História da tatuagem em Museu de Los Angeles
História da tatuagem em Museu de Los Angeles
História da tatuagem em Museu de Los Angeles
História da tatuagem em Museu de Los Angeles

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